
CURRICULUM E CARGOS EXERCIDOS
Estudou as primeiras letras em 1895 no Collégio de Indústria, de propriedade de D. Maria Bárbara de Sousa Andrade, situado à Rua 28 de Julho nº 38, hoje nº 221. Em seguida, de 1896 a 1897, estudou na Escola Municipal do Bairro do Desterro, a cargo de D. Filomena Jansen Serra Lima de Azevedo, à mesma rua, nº 56, hoje nº 476. Em 1898 voltou para o Collégio de Indústria de onde saiu, em 1889 para o Collégio de Sant’Ana, de propriedade de D. Raimunda da Silva Miranda, situado à Rua da Paz nº 34, hoje, Rua Cel. Collares Moreira, nº 316.
Estudou em 1900 no Instituto São José, de propriedade do professor Domingos Affonso Machado, situado à Rua 28 de Julho nº 55, hoje, nº 405, que mais tarde mudou-se para a Rua da Palma nº 49, hoje, Herculano Parga, nº 475.
Em 1901 frequentou aulas avulsas e em 1902/3 frequentou o Collégio de São Sebastião, de propriedade do Com. João dos Santos Chaves, situado à Rua Grande, nº 30, hoje, Rua Osvaldo Cruz, nº 218.
Em 1902, matriculou-se no Lyceu Maranhense para cursar aulas avulsas.
Em 1903, matriculou-se, frequentando alguns dias, as aulas do Collégio 15 de Novembro, de propriedade de Benjamin Franklin Rodrigues de Mello, situado à Rua de Sant’Ana, nº 90, hoje, José Augusto Correia, nº 364.
Em 1904, matriculou-se no Lyceu Maranhense, que funcionava no antigo Seminário das Mercês, no 1º ano do Curso Ginasial.
Em 1906, frequentou novamente o Lyceu Maranhense, já situado na Rua Direita, hoje, Rua Henriques Leal, canto com a Rua 28 de Julho, assistindo a várias aulas.
No dia 2 de fevereiro de 1908, acometido de varíola, foi recolhido ao Hospital de Isolamento, situado à Rua da Estrella, nº 76, no prédio do antigo Trapiche São Carlos, na Praia das Mercês, donde saiu em 12 de março do mesmo ano, para convalescer na Praia do Bonfim, sendo aí atacado de sezões.
Após a enfermidade foi auxiliar do comércio, recebedor de contas de Empresa de Carros de Luxo, de propriedade de Waldemiro Eurípedes Mendes, mas, sempre estudioso, concluiu os preparatórios para o curso farmacêutico (português, francês, aritmética, álgebra, geometria trigonometria, física, química e história natural), em 12 de março de 1910, de acordo com o Decreto Federal nº 1531 de 15 de outubro de 1906, época em que se matriculou na Escola de Pharmácia do Pará, onde cursou e concluiu o 1º ano em 20 de novembro de 1910.
Transferiu-se para a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde frequentou o 2º ano, vindo a concluir o curso a 21 de novembro de 1917 e receber o grau de farmacêutico aos 5 de dezembro de 1918, quinta-feira.
Aos 24 de dezembro de 1918 conclui o curso de humanidades, de acordo com o decreto federal nº 3603 de 11 de dezembro de 1918, com os preparatórios de – inglês, latim, história universal e do Brasil, geografia, corografia e cosmografia, matriculando-se na Faculdade de Direito do Maranhão, de que fora um dos fundadores, em 18 de abril de 1918, onde fez o curso jurídico, que foi concluído a 9 de dezembro de 1926, quinta-feira, graduando-se em Sciencias Jurídicas e Sociais no dia 24 de dezembro de 1926, sexta-feira.
Foi nomeado em 11 de novembro de 1916 secretário do Lyceu Maranhense, em caráter interino, por portaria da mesma data, nº 145, do Governo do Estado, solicitando exoneração aos 10 de setembro do ano seguinte, sendo aos 5 de dezembro imediato designado, em comissão, para distribuir remédios aos doentes, vítimas da enchente do rio Munim, voltando em 20 de janeiro do ano de 1918.
Por portaria nº 40 de 1 de maio de 1920 do secretário de Estado do Interior foi nomeado lente da cadeira de Sciencias Naturaes (Física, Química, História Natural e Higiene) do curso Profissional (Normal) do Lyceu Maranhense, sendo depois transferido para a cadeira de Física do curso Gymnasial do mesmo estabelecimento, por portaria nº 131 de 3 de setembro de 1921, do aludido titular, lugar que ocupou interinamente até 6 de março de 1922, quando foi nomeado para a cátedra de Química, no mesmo caráter, por portaria nº 44 de 3 de março de 1922, cargo em que foi provido vitaliciamente, em virtude de concurso, por decreto estadual de 9 de abril de 1926, na conformidade do que dispunha o decreto federal nº 16782 A de 13 de janeiro de 1925.
Esteve exercendo, em comissão, a cadeira de Química e de Higiene do Curso Normal, de 23 de abril de 1926 a 29 de abril de 1930, enquanto durou o impedimento do serventuário efetivo, o Dr. Genésio Euvaldo de Moraes Rego, que exercia o alto cargo de vice-presidente do estado.
Contratado pior dois anos, em 20 de fevereiro de 1926 para reger a cadeira de Italiano do Curso Ginasial, matéria facultativa, desistiu do contrato, em 9 de abril do mesmo ano, em seguida à abertura das aulas, por não haver alunos matriculados nessa disciplina.
Foi um dos fundadores da Faculdade de Farmácia e Odontologia do Maranhão, aos 12 de março de 1922, onde exerceu, gratuitamente, por cerca de quatro anos, o cargo de professor de Química Orgânica, sendo depois, à sua revelia, designado para reger a cátedra de Farmacognósia, em 2 de março de 1925, cargo que não chegou a assumir, por se ter desligado do corpo docente da mesma escola.
Lecionou em quase todos os estabelecimentos de ensino secundário de sua terra, tais como – Escola Normal Primária, Instituto Almir Nina, Instituto Fernandes, Colégio Maria Auxiliadora, Centro Caixeiral, Instituto Ateniense (Curso anexo à Faculdade de Direito), Instituto Gomes de Sousa, Instituto Viveiros, Escola Minerva, Ateneu Teixeira Mendes, Instituto Cardoso, Colégio Cisne, etc.
Exerceu sempre o magistério, até 11 de setembro de 1942, profissão que escolhera desde aluno, em março de 1909, lecionando – português, aritmética, álgebra, geometria, trigonometria, física, química, e história natural, lecionando também, ocasionalmente, estenografia e higiene.
Aliou-se aos revolucionários de outubro de 1930, em momento incerto e difícil da intentona, tendo ocupado o cargo de Procurador Geral do Estado, designado pela Junta de Justiça, de que fazia parte, por nomeação da Junta Governativa, por ato de 24 de outubro, sendo nomeado desembargador do Superior Tribunal de Justiça, por decreto de 12 de novembro de 1930, cargo de que foi destituído em virtude de reforma do Poder Judiciário determinada pelo político decaído José Luso Torres, então interventor federal.
Por decreto do Governo Provisório da República de 10 de outubro de 1932, foi nomeado juiz substituto do Tribunal Regional da Justiça Eleitoral do Maranhão, escolhido por eleição pelo Tribunal de Justiça do Estado, cargo em que serviu até outubro de 1934, quando foi destituído, em virtude de reforma.
Por ato do Governo Constitucional do estado de 22 de junho de 1935, foi nomeado, em comissão, Fiscal do Governo junto aos Serviços de Água, Esgoto, Luz, Tração e Prensa de Algodão, do qual se exonerou aos 15 de agosto de 1936.
Por decreto de 7 de abril de 1945, foi nomeado Juiz de Direito da comarca de Alto Parnaíba, em virtude de concurso de documentos, tomando posse do cargo a 6 de junho e assumindo o exercício a 20 de julho do mesmo ano, tendo sido promovido por antiguidade, por elevação da Comarca à 2ª entrância, por ato de 25 de fevereiro de 1949.
Promovido a 2 de dezembro de 1955 para a comarca de Coroatá, 3ª entrância.
Colaborou em revistas e jornais. Polígrafo e investigador de coisas históricas e científicas, muito tem contribuído para o desenvolvimento cultural da sua terra, onde foi mal compreendido e sofreu injustiças e ingratidões após um longo passado de vida honesta e operosa, em que se aposentou por decreto de 12 de junho de 1957.